Capítulo II - As viagens da minha vida ou a minha vida
através das viagens
O Viagem com a Flora
fez dois anos no mês passado, exatamente no dia 07 de Julho, comemorado do
jeito que mais gosto: viajando. Desta vez com a Nani por dois dos parques
nacionais americanos: o Grand Teton e o Yellowstone.
Continuo não muito
dedicada a ele neste segundo ano: só mais 4 posts. Mesmo assim, teve a
honra de receber 6500 visitas nestes 2 anos de vida. Foi também citado no
Viagem na Viagem do Riq Freire neste post sobre a Rússia e no Domingão deTwitadas sobre a Turquia do Diário de Mochileiro. Desta vez
não vou prometer ser mais assídua, mas escrever sempre que
alguma saudade de viagem aparecer.
E como adoro comemorar aniversários, tirei do baú de recordações viageiras mais um pensamento e o Capítulo II do meu “ A Woman´s Travel Journal” (clique aqui se quiser saber a estória dele):
“ I craved to go beyond the
garden gate, to follow the road that passed it by, and to set out for the
Unknow… I dreamed of the hills, immense desert steppes and impassable
landscapes of glaciers! ”- Alexandra David-Neel (1868-1969) French travel
writer
Meu grande sonho era ir para a Europa, conhecer os lugares
que via nas apresentações de slides do tio Miro e das amigas das minhas tias.
Mas... este sonho só foi realizado muito tempo depois, quando já tinha 40 anos
(Áustria, Alemanha e Hungria acompanhando o marido a um congresso). E ai, ninguém mais me segurou...
Consegui fazer minhas duas primeiras viagens turísticas aos
18 e 21 anos, ambas em companhia da Tia Dinha, outra figura da minha vida que
adorava viajar e que rodou um bocado por este Brasil e pela Europa.
A primeira delas, em 1968, foi para o Sul do Brasil. E não foi excursão não... Alugamos um perua Kombi com motorista (o Seu Mingão) e lá fomos nós, 7 mulheres por este Brasil a fora. Minhas companheiras de viagem eram conhecidas da tia Dinha e nunca mais as encontrei. As fotos foram garimpadas do meu álbum de infância/juventude. Eu era a mais novinha...
Fomos pelo centro e voltamos pelo litoral. Passamos por Curitiba e pelo Parque Estadual de Vila Velha, criado 2 anos antes, em 1966...
Atravessamos o Rio Pelotas na divisa dos estados de Santa
Catarina e Rio Grande do Sul.
Visitamos uma vinícola caseira dos Padres Passionistas em
Forqueta, perto de Caxias do Sul. Fui muitas vezes comprar vinho deles no
Convento de São Carlos para minha avó Antonieta. O gosto pelo vinho tem DNA... numa época em que não era moda tomar vinho e visitar vinícolas.
Gramado e Canela não faltaram no roteiro, ...
Gramado e Canela não faltaram no roteiro, ...
... e as atrações turísticas de Porto Alegre registradas no meu album foram a ponte levadiça sobre o Rio Guaíba (Ponte Getúlio Vargas) e o Cemitério Vertical São Miguel e Almas.
Na Lagoa da Conceição em Florianópolis entrei pela primeira
vez no mar e comi meu primeiro rodízio de camarão. Ambos inesquecíveis, mesmo
mais de 40 anos depois.
A segunda das minhas viagens turísticas foi em Fevereiro de 1971, para
Foz do Iguaçu. Nesta fomos de
excursão em ônibus leito pela Transatlantica Turismo (acho que não existe
mais). Tenho uma única foto tirada por um fotógrafo com uma polaroid, revelada e
comprada na hora. Minha primeira máquina fotográfica só foi comprada alguns
anos depois.
Ficaram nas lembranças a
imponência das cataratas, o respingo da agua no rosto e a euforia de pisar em 2
países fora do Brasil. Foi só uma visita às Cataratas do lado Argentino e umas
comprinhas nas ruas esburacadas de Ciudad del Este no Paraguai, mas eram os
dois primeiros países estrangeiros onde eu carimbava meu passaporte, ops... colocava
meus pés.
É..., está na hora de voltar,
para chegar de barco bem pertinho das cataratas...
A tia Dinha viajou muito na sua vida. Comigo, com as irmãs, amigas, sozinha, com as netas (minhas filhas). Era frequentadora assídua da nossa casa na Boracéia. Adorava o marzão de lá. A última viagem que fizemos juntas foi um réveillon familiar em Águas de Lindoia. Fez escola: três gerações com rodinhas nos pés...
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