Após 3 cafés da manhã (um no vôo de São Paulo a Londres, outro no Starbucks do aeroporto de Heathrow e o último no vôo de Londres a Moscou) aterrissamos por volta das 16 hs numa das cidades mais emblemáticas da Rússia: Moscou.
Ai que frio na barriga! Estávamos entrando na “Cortina de Ferro”. Este termo é para os mais antigos, como eu. Passei a infância ouvindo as tias falando dos horrores dos países comunistas e rezando dia e noite ( antes de 1964) para que o regime não fosse implantado no Brasil. Veio à mente uma recordação de infância: o dia em que gastei toda a minha pequena mesada em um único impulso porque “o comunismo vem ai” e iam confiscar tudo que era da gente.
O aeroporto Domodedovo é bastante zoado, como grande parte dos lugares por onde passamos aqui na Rússia. As pessoas (pelo menos as que trabalham com turismo) são extremamente sem-cortesia. Não diria mal-educadas, mas não fazem nada fora da esfera da obrigação. E o conceito de fila simplesmente não existe. Para fazer as coisas tem que ser no empurra-empurra, muito lei da selva. E obviamente, ninguém fala inglês. Mímica é a linguagem oficial. Mas, apesar da confusão, a recepcionista da Inturist (operadora russa da Tchayka) estava lá. Custou um pouco para eu localizar porque estava com uma placa “Oliveira Viu Degaspare + 1”. Fazia tempo que não era identificada pelo meu sobrenome quilométrico inteiro. Primeiro fato que deu origem à teoria da Gabi de que na Rússia tudo é ao contrario.
Mais de uma hora de trânsito infernal (como o de São Paulo) para chegarmos ao hotel. No caminho, “ladas” e prédios no estilo caixa de sapatos, marca registrada do regime comunista.
O hotel Cosmos é um daqueles hoteisões internacionais, com centro de convenções, teatros, restaurantes, etc... de frente para a estação de metrô VDNH, do Centro de Exposição de Realizações Econômicas e do Museu do Cosmos (que visitamos no dia seguinte e vou falar dele em outro post). Tem uma estrutura imponente, na forma de semi cilindro de 26 andares com paredes de alumínio e vidro. Foi projetado e construído por empresas francesas, o que pode explicar a enorme estátua de Charles de Gaulle na entrada.
A vista da nossa janela era imponente, com o Museu do Cosmos bem ali.
Nesta primeira noite escolhemos o Pub para o jantar, por ter o melhor sinal para internet em todo o lobby do hotel. Influenciada por este post da Marcie do Abrindo o Bico, fui direto experimentar um prato típico russo, o pelmeni, mas era sopa de pelmeni, e me pareceu mais um capeletti in brodo. Só em São Petersburgo é que iria comer o verdadeiro pelmeni. No fim da refeição, uma surpresa: a conta veio toda no alfabeto cirílico. Impossível de conferir. Tivemos que ver pelos números e pela ordem de grandeza dos preços dos pratos mesmo, mas conferir de verdade não deu.
RÚSSIA E FINLÂNDIA – Uma Viagem Musical em busca do Sol da Meia Noite...
Ai que frio na barriga! Estávamos entrando na “Cortina de Ferro”. Este termo é para os mais antigos, como eu. Passei a infância ouvindo as tias falando dos horrores dos países comunistas e rezando dia e noite ( antes de 1964) para que o regime não fosse implantado no Brasil. Veio à mente uma recordação de infância: o dia em que gastei toda a minha pequena mesada em um único impulso porque “o comunismo vem ai” e iam confiscar tudo que era da gente.
O aeroporto Domodedovo é bastante zoado, como grande parte dos lugares por onde passamos aqui na Rússia. As pessoas (pelo menos as que trabalham com turismo) são extremamente sem-cortesia. Não diria mal-educadas, mas não fazem nada fora da esfera da obrigação. E o conceito de fila simplesmente não existe. Para fazer as coisas tem que ser no empurra-empurra, muito lei da selva. E obviamente, ninguém fala inglês. Mímica é a linguagem oficial. Mas, apesar da confusão, a recepcionista da Inturist (operadora russa da Tchayka) estava lá. Custou um pouco para eu localizar porque estava com uma placa “Oliveira Viu Degaspare + 1”. Fazia tempo que não era identificada pelo meu sobrenome quilométrico inteiro. Primeiro fato que deu origem à teoria da Gabi de que na Rússia tudo é ao contrario.
Mais de uma hora de trânsito infernal (como o de São Paulo) para chegarmos ao hotel. No caminho, “ladas” e prédios no estilo caixa de sapatos, marca registrada do regime comunista.
O hotel Cosmos é um daqueles hoteisões internacionais, com centro de convenções, teatros, restaurantes, etc... de frente para a estação de metrô VDNH, do Centro de Exposição de Realizações Econômicas e do Museu do Cosmos (que visitamos no dia seguinte e vou falar dele em outro post). Tem uma estrutura imponente, na forma de semi cilindro de 26 andares com paredes de alumínio e vidro. Foi projetado e construído por empresas francesas, o que pode explicar a enorme estátua de Charles de Gaulle na entrada.
As acomodações eram as que esperávamos de um hotel de categoria turística na Rússia: quarto com decoração sóbria, banheiro com roupão e amenities de qualidade razoável repostas diariamente.
A vista da nossa janela era imponente, com o Museu do Cosmos bem ali.
Tinha wi-fi free somente na recepção onde uma multidão de pessoas ficava com seus notes. Mas era muito longe do centro e das atrações turísticas e nos obrigou a jantar nas dependencias do hotel nas 3 noites que ficamos em Moscou.
E ai, só nos restou ir pra cama tentar driblar o fuso e dormir, pois o dia seguinte prometia muito mais atrações e emoções.
(Este texto foi escrito a 4 mãos com minha filha Gabriela Viu Degaspare, minha companheira nesta aventura)
(Este texto foi escrito a 4 mãos com minha filha Gabriela Viu Degaspare, minha companheira nesta aventura)
Veja também a introdução a esta viagem:
RÚSSIA E FINLÂNDIA – Uma Viagem Musical em busca do Sol da Meia Noite...
Olá, Flora! Vou acompanhar seus posts sobre a Rússia, porque pretendo ir para lá este ano.
ResponderExcluirAdoraria se você pudesse descrever o que você comprou com a Tchayka e como funcionou essa parte da viagem (se fez passeios com um grupo, quantas pessoas eram, se funcionou tudo direitinho, essas coisas). Como você, eu não costumo viajar com pacote, mas quero ir a algumas cidades do Anel de Ouro e estou considerando comprar só esse trecho com a Tchayka.
Ainda não estou decidida a fazer essa viagem, por causa das dificuldades todas e, se eu for, vai ser sozinha. Mas ler relatos de quem já foi ajuda a desmistificar a coisa!
Ainda vou visitar a Rússia, mesmo sabendo da barreira que o idioma representa. Parabéns pelo blog (e pelas aventuras)!
ResponderExcluirRafael
Obrigada pela visita. Vá sim, eu gostei muito da Russia. O idioma a gente dá um jeito com mímica.
ExcluirAventura eu? Aventura sim, é a sua, to acompanhando lá no 360 Meridianos. Um grande abraço
Estou aqui acompanhando suas aventuras. Adoro!! Ô mulheres corajosas... A arquitetura ainda do tempo dos czares deve ser simplesmente maravilhosa, pelo que já vi. Esses comunistas construíram essas coisas sem graça. Adorei a vista do seu quarto. Muito bonita a segunda foto, aonde é? Beijão.
ResponderExcluirVirginia, querida
ExcluirVoce sempre nos honrando com sua presença por aqui. A segunda foto é uma panorâmica da Praça Vermelha. Estou trabalhando no post que falo dela, pois foi o primeiro lugar que visitamos em Moscou. Quem sabe publico esta semana ainda.
Abraços pro Valdir e um beijão pra voce
Olá Wanessa,
ResponderExcluirObrigada pela visita. Vá sim a Rússia. É uma experiencia e tanto. Nós tivemos sorte, pois nos paseios com a Tchayka só eram eu e minha filha. Basicamente eram somente de manhã e a tarde ficávamos por nossa conta. Não fizemos o anel de ouro, então não poderei te ajudar. Abraços
Olá, adorei o blog! Gostaria de entrar em contato para lhe oferecer uma proposta interessante par ao blog.
ResponderExcluirPor favor, aguardo seu retorno.
Grata,
Antonieta.
Olá Antonieta,
ExcluirObrigada pela visita e interesse. Verifiquei que tem um site de reserva de hoteis. Este meu blog é apenas para organizar e compartilhar minhas lembranças de viagem. Não tem fiz comerciais.
Acredita que só estou vendo esses posts agora da sua viagem? Um pecado, né?
ResponderExcluirQuero ler tudo com calma... sou doida para conhecer a Russia, Finlandia e afins...
bjo
Mirella,
ExcluirObrigada pela visita por aqui. Eu gostei bastante da Rússia, mas o interior da Finlândia realmente me surpreendeu. Bjo
Flora, que legal esta viagem.
ResponderExcluirFico no aguardo dos outros post.
Comeu alguma salada russa? :)
Oi Edu,
ExcluirObrigada pela visita. Sabe que me esqueci de comer a salada russa. Terei que voltar...
Flora, saiba que tem em Portugal uma leitora fiel :) Gosto muito do seu blog porque também adoro viajar. Encontrei-o por acaso, quando estava a pesquisar sobre a Turquia. Para além das óptimas dicas sobre Istambul, adorei todos os outros posts, pelo que fui lendo o blog todo! :)
ResponderExcluirBjnhs, e continue a partilhar as suas viagens.
zozô
ResponderExcluirObrigada pela visita. É uma honra para mim ter uma leitora fiel de Portugal. Gosto muito deste país, e vou sempre a Lisboa, pois tenho um irmão que mora lá. Preciso fazer um post sobre Portugal. Na volta da viagem a Turquia fiquei uma semana curtindo esta terra maravilhosa. Um grande abraço
Flora