segunda-feira, 22 de agosto de 2016

OLIMPÍADAS RIO 2016

Eu fui, amei e voltei para contar...

Nos últimos segundos da prorrogação, mas fui... 
Cancelaram um curso que eu ia ministrar. A filhota tinha uns ingressos sobrando e lugar no carro. Consegui mais uns jogos poucos concorridos pelo site oficial na internet. A Carmem e a Ana colaboraram com a dica da Ginastica de Gala. Tudo isto uma semana antes do início dos jogos...


O QUE VI:

Nosso primeiro passeio olímpico foi no Riocentro.


Vimos o brasileiro Igor Coelho lutar muito, mas perder no badminton para o alemão Marc Zwiebler. Uma pena, mas a superioridade do adversário era visível. 


O segundo foi no Boulevard Olímpico e Porto Maravilha.


Chegamos de VLT vindos da Cinelândia. Estava lotado e o ar condicionado não deu conta.


Mas valeu muito a pena caminhar apreciando o Mural Etnias do Kobra,...


...os armazéns do porto revitalizados,...


...as fachadas dos prédios transformadas em obras de arte,...


...o Museu do Amanhã,...


...a Tocha Olímpica e a multidão em frente a Candelária ao entardecer,...


...até a Praça Mauá completamente revitalizada.


Neste post do Riq Freire, do Viaje na Viagem, tem um roteiro completinho para visitar o Boulevard Olímpico. Pena que só conseguimos fazer parcialmente. É uma linda caminhada que merece um repeteco sem a multidão desses dias olímpicos.

O terceiro dia foi dedicado a Vila Olímpica.
    

Fomos de verde e amarelo torcer pelas meninas do handebol, mas...


... as holandesas levaram a melhor.


Para consolar, apreciamos os lindos prédios e ...


... os arcos olímpicos.


No quarto dia voltei sozinha à Vila Olímpica para ver a Ginástica de Gala.


Apresentaram-se alguns medalhistas olímpicos, que sem a pressão da competição deram um verdadeiro show.


Teve também demonstrações de Ginástica Rítmica,...


... Ginástica Acrobática e Tumbling (estes dois últimos ainda não são considerados modalidades olímpicas)


Virei fã... Na saída, ainda encontrei nas rampas as queridas Ana e Carmem. Como disse a Ana no seu Facebook: “Encontro olímpico na arena olímpica”

Foto de Ana Oliveira

À tardinha teve ainda o Maracanãzinho para ver o vôlei entre Iran e Itália e...


... apoiar a causa “Let Iranian women enter their stadium”. Não dá para torcer para a equipe iraniana de vôlei, sabendo que suas mulheres são proibidas de jogar e assistir jogos nos estádios iranianos.


No último dia no aeroporto, de volta para casa, ainda teve uma tietagenzinha com o ouro olímpico Robson Conceição.


Apesar de não ser fanática por esportes, é impossível não vibrar com um evento como este, principalmente no meu país. A energia é contagiante e mesmo com os nossos problemas tudo funcionou direitinho nos eventos que participei.

O TRANSPORTE:

De carro na ida de carona com a filha...


... e aproveitei uma promoção da Gol na volta.                                                                                        
                                            

Não usamos o carro para irmos aos locais de competição ou passeios. Para variar, este post completíssimo do Riq Freire dá o caminho das pedras para usar o transporte público. Usamos uber, metrô, BRT, trem, ônibus especial para pessoas idosas e um bocado nossos pezinhos. Os jovens compraram o Riocard (usamos este outro post do Riq) e as idosas só apresentaram a carteira de identidade e o ingresso. Importante notar que no Rio, a gratuidade do transporte é para maiores de 65 anos.  E tudo funcionou direitinho...


ONDE FICAMOS: 

No castelinho da Carioca, uma amiga de mais de 40 anos hospedando com carinho 3 gerações da nossa família em suas andanças pelo Rio.


OS RESTAURANTES:

Teve cachorro quente no Riocentro... 


No ótimo Monte Gordo no centro, um olho na comida e outro na torcida pelo Zanetti na final das argolas.


As deliciosas empadas abertas do Belmonte em Copacabana


No Canastra (uma portinha, mesas nas calçadas e muretas repletas de gente) um vinho da campanha gaúcha, queijo da canastra com mel e cebola caramelizada na companhia dos amigos Riq, Nick, Dri, Caê e Meillin.


Ah, e a chef Zuila, amiga da carioca, que fez refeições divinas prá gente no castelinho. Tão boas que esquecemos de fotografar.

Que pena que acabou... Bora pro Japão 2020?


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

CAÇADORAS DE AURORA BOREAL

EMPACOTADAS OU COM OS PRÓPRIOS PEZINHOS ???

Tá bom, admito que a primeira vez que passou pela minha cabeça que seria viável ver este fenômeno foi quando, nos idos de 2011, eu vi no Eu vou de Mochilauma entrevista com Daniel Japor, um carioca que levava grupos de brasileiros para o Ártico e foi consultor da equipe do programa Planeta Extremo quando foram filmar o fenômeno.

Segunda noite de caçada em Tromso  

Na Feira Escandinava, que acontece todos os anos aqui em São Paulo, conheci um fotógrafo, o curitibano Marco Brottoque também levava grupos para ver a aurora na Lapônia e Alasca. 


Terceira noite de caçada em Tromso 

Tudo começou quando a Nati (sempre ela...) chegou dizendo que o namorido não poderia viajar naquele ano e que era para gente (ou seja, sua mamãe aqui) programar  a ida para Noruega caçar a aurora. Eu logo de cara contatei as empresas citadas acima, pois apesar de já ter viajado por conta própria para a Escandinávia por duas vezes anteriormente, pensei: “Caçar aurora boreal definitivamente não é uma viagem fácil, principalmente pelo frio intenso e a logística das saídas para tentar vê-las”.


Caçando aurora pelas estradas da região de Tromso 

Minhas experiências nestes primeiros contatos foram diametralmente opostas:


Lyngen alpes-Tromso
Com a Geotripa empresa do Daniel Japor, foi péssima. Eles simplesmente não responderam por 1 mês nenhuma das tentativas de contato (e-mail, telefone celular e fixo). Quem me conhece sabe que sou insistente. Nos comentários de Facebook deles, vi que outras pessoas estavam com o mesmo problema e passei a responder aos comentários delas reclamando. Notei que a maioria era apagada e fiquei p@#$ da vida! Eles tinham tempo para apagar os comentários mas não para responder aos clientes? Escrevi um post gigantesco numa propaganda deles (que também foi apagado) falando principalmente que não se deixa o cliente sem resposta. Só então se dignaram a me responder dizendo que já estavam lotados para todas a saídas até Março de 2016 e que meu e-mail provavelmente havia ido para a caixa de spam (Será que os recados telefônicos também foram para o spam?). O fim da picada em profissionalismo...

Catedral do Ártico-Tromso
Já a Insight e o Marco Brotto foram muito atenciosos. A empresa, super profissional, respondeu meu primeiro contato em menos de 24hs em pleno feriado. Mesmo depois de ter desistido de ir nas datas que eles tinham disponíveis, me mandaram um link avisando quando a Tap fez uma promoção de passagens para a Europa. O Marco Brotto, que também é blogueio associado à RBBV (Rede Brasileira de Blogs de Viagem), respondeu todas as minhas dúvidas sobre caçar a aurora na lua cheia e se ofereceu para dar pitacos no meu roteiro. Não tenho como  recomendar além desse ponto porque não fiz a viagem com eles (as datas da minha filha não batiam com as deles), mas como primeiro atendimento, eles foram ótimos. 

Nota: O Marco Brotto nos informou que atualmente não tem mais nenhum vínculo com a Insight.

Quando estava procurando os links para este post, me deparei com um artigo na revista Galileufalando de uma briga velada entre os dois. Só vi agora, depois da viagem, mas achei interessante citar pois faz uma comparação interessante (incluindo roteiros e preços para 2016) dos dois maiores profissionais em caçadas à aurora boreal no Brasil.

Não conseguimos marcar com nenhum dos dois, mas há males que vem para bem. Botamos a mão na massa (e nos blogs de viagem) e bora lá programar a viagem com nossos próprios pezinhos. E (modéstia às favas) ficou ótima, além de ficar bem mais barata que os preços citados na revista Galileu. É logico que não colocamos na conta as nossas muitas e muitas horas de pesquisa, planejamento e reservas. Mas isso a gente ama fazer.

As Caçadoras de Aurora (Flora, Nati e Cintia) em Tromso


O ROTEIRO:

Como temos família em Portugal, fizemos paradas na ida e na volta em Lisboa para suavizar um pouco a longa viagem do Brasil até Tromso, na Noruega. Isto sempre rende passeios e convivências maravilhosas com meu irmão & companhia, mas contarei em outras oportunidades por aqui. O foco agora é só a Lapônia.

Dia 1 De Lisboa a Tromso

Viagem aérea para Tromso, com escala na capital Oslo. Tudo coberto de gelo (e nem tínhamos passado ainda do círculo polar ártico)


Dia 2Tromso

Conhecendo a linda cidade e... 
  

...curtindo a neve como crianças.



Fizemos nossa primeira caçada, curtimos a paisagem gelada e o céu estrelado, mas...


...ela não apareceu...


Dia 3 – Tromso

Esqui nórdico nos Alpes Lyngen (só as meninas, né? Eu fiquei descansando).


Estava sentadinha na van, me protegendo do frio, quando a Nati me chamou: "Corre mãe, mas cuidado para não escorregar na neve". ELA apareceu, primeiro tímida, só visível na máquina fotográfica. Depois foi crescendo, tomou todo céu e até dançou para gente.



Brotaram lágrimas nos olhos e uma emoção indescritível no coração. A primeira aurora a gente nunca esquece...



Dia 4 – Tromso

Passeio de barco pelos fiordes,...


...inebriadas pela paisagem tão incomum para a gente.



A noite partimos para mais uma caçada. A guia Mafi nos preveniu que dificilmente veríamos outra aurora como a da noite anterior. 


Mas ela estava errada. Na primeira parada para regulagem das máquinas fotográficas eis que ela surge intensa, por horas, uma das mais belas e coloridas que vimos.


Deitamos na neve e ficamos só  admirando as luzes que cobriam todo o céu.











Terminamos a noite ao redor de uma fogueira na neve, assando mashmellows. É muito bom voltar a ser criança...




Dia 5 – De Tromso a Abisko, na Suécia, de carro.

A linda estrada gelada contornando os fiordes.


Caçada à aurora puxada por snowmobile. Foi curta, mas intensa.


Dia 6 – Abisko

Passeio no Parque Nacional de Abisko. Tudo branquinho...


Eu de snowmobile (para poupar os joelhos),


 Snow shoe para as atletas.














A subida ao monte Nuolja, onde fica a Aurora Sky Station...

Foto de Cintia Cruz

...um jantar especial e...










... a aurora mais tranquila de se caçada.


Dia 7 – De volta a Tromso

Última trilha no Lago de Abisko congelado.










Uma passadinha na Catedral do Ártico e Tromso a seus pés iluminada.










Após o jantar de despedida a aurora veio (sem precisar ser caçada),  dar um tchauzinho pra gente na torre da igreja.











Dia 8 - De Tromso a Lisboa

Deixando o branco pra trás, e já querendo voltar... 



O TRANSPORTE:

Não existe voo direto do Brasil para a Escandinávia. É necessário voar até alguma cidade europeia, pegar um voo para Oslo e depois outro para Tromso. É bem cansativo e demorado. Como temos família em Portugal, optamos por parar por alguns dias tanto na ida como na volta.


Aproveitamos uma promoção da TAP e emitimos todos os trechos com ela, inclusive o  Oslo-Tromso-Oslo, operado pela SAS. Fizemos em duas emissões separadas, pois além de uma de nós usar milhas para o trecho transcontinental (São Paulo-Lisboa-São Paulo), ficou mais barato emitir o trecho interno na Europa (Lisboa-Oslo-Tromso-Oslo-Lisboa) separado. O único senão foi que a Tap não pode reservar lugares antecipados no voo da SAS, e quando fizemos check-in em Oslo não tinha mais lugar na janela. Fomos as três, uma em cada fileira, no assento do meio e perdemos a oportunidade de ver nossa primeira aurora. Havia lido relatos de lindas auroras vistas do avião.


Alugamos um carro com a Avis em Tromso para irmos até Abisko, com tudo a que tinhamos direito: pneus de neve, GPS e até possibilidade de resgate na neve se necessário (ainda bem que não foi).
Dirigir na neve nos preocupava bastante. Eu já havia feito isto no passado, mas as meninas não. Entretanto, as estradas da Escandinávia são ótimas, viajamos com cuidado, de dia e os pneus especiais seguraram bem alguns trechos completamente cobertos de neve na Suécia. Foi uma experiência tranquila e com paisagens lindas.
Não usamos o carro para caçar as auroras boreais. Além de acharmos perigoso saírmos sozinhas por estradinhas desertas e cheias de gelo à noite, não tínhamos o conhecimento necessário e as previsões dos especialistas para descobrir um lugar a céu aberto para conseguir vê-las.



Em viagens internacionais, sempre emitimos a PID (Permissão Internacional para Dirigir). É super fácil, no site do Detran você faz o pedido, paga a taxa nos bancos autorizados e chega pelo correio em uma semana. Desta vez ninguém nos parou, mas em outra viagem pela Itália, fomos parados e possuir a PID evitou problemas.

Existe um ônibus que faz o trajeto do aeroporto até o centro de Tromso. Mas como estávamos em três ficava mais barato ir de taxi do aeroporto ao hotel. Na volta devolvemos o carro alugado no aeroporto.


AS CAÇADAS À AURORA BOREAL:

A aurora boreal é um fenômeno natural esporádico, portando por mais que se faça tudo certinho (época certa, no lugar certo, escuridão, acompanhada de guias especialistas...) nunca se tem a certeza de vê-la, pois não há como controlar a intensidade das radiações solares nem o céu sem nuvens. Isto é especialmente frustrante para quem mora do outro lado do mundo e precisa viajar quase 24 horas para chegar nos lugares onde o fenômeno pode aparecer. Por isso é recomendado que se fique pelo menos 5 dias para que a chance aumente. Fizemos direitinho a lição de casa, pesquisamos e lemos tudo que apareceu na nossa frente nestes últimos anos, para eliminarmos as variáveis que não dependem da sorte:


Local:
Fomos para Tromso e Abisko, onde existe uma probabilidade alta de se ver o fenômeno. Segundo os finlandeses e os guias brasileiros citados anteriormente, Kilpisjarvi, na Finlândia, também é um bom lugar. Nossas pesquisas foram focadas somente na lapônia escandinava, mas existem muitos outros locais no mundo onde se pode ver a aurora boreal.










Época:
Escolhemos Março, o mais próximo que conseguimos do equinócio de primavera no hemisfério norte. Os equinócios são as épocas do ano mais propícias, e o de primavera é o menos chuvoso (portanto céu mais claro), além das temperaturas serem mais amenas. E olha que mesmo assim estava um frio danado...

A aurora pode ser vista na região entre Setembro e Março. Entre Abril e Agosto, o sol nunca se põe (Sol da Meia Noite), então não fica escuro o suficiente para se ver a luzes.



Existem dois tipos de passeio:

A Caçada, onde o ônibus ou van sai rodando pelos lugares onde há uma previsão de céu aberto até a aurora aparecer.

A Experiência, onde o ônibus leva a um lugar fixo, com estrutura para se ficar quentinho numa tenda, comer alguma coisa e ouvir histórias sobre os costumes da região. Quando (e se) a aurora aparecer, as pessoas saem da tenda para ver o espetáculo.

Só fizemos passeios do tipo caçada, pois as chances de ver a “Grande Dama” são maiores. Também escolhemos ir de van, pois o número de passageiros é menor e a atenção e ajuda na regulagem da máquina fotográfica é melhor. Parece bobo mas mesmo a Nati, que manja bastante de fotografia, disse que a regulagem para conseguir fotografar auroras é super específica.

Para Tromso, a maioria das reservas fizemos pelo site da Visit Tromso. Existe um rank com a taxa de sucesso de cada empresa em ver a aurora. O pagamento é feito com cartão no ato da reserva. Relatos dizem que dá para escolher pessoalmente lá, mas algumas das melhores empresas já não tinham mais lugar cinco meses antes. No dia que fomos ao escritório de turismo só para conhecer, a fila estava enorme. Teria sido uma grande perda de tempo.

Usamos as seguintes empresas, todas muito bem avaliadas no Trip Advisor e com grau de sucesso na caçada a aurora acima de 80%:

Artic Explorer, a segunda melhor cotada no Trip Advisor, só tinha lugar em uma das nossas noites. O equipamento que forneceram, a exclusividade da atenção por ter poucas pessoas no grupo e a sorte de termos visto a mais incrível aurora da viagem, foram os pontos altos. Eles não têm cabana de apoio, então o “jantar” foi ao redor de uma fogueira, sentados em esteiras na neve, com direito a assar mashmelows. O frio incomodou bastante. 

M.H.O.E.A.C.T (Mariannes´s HeavenOn Earth Aurora Chaser Tour´s), além de ter alto índice de sucesso, foi recomentada por pessoas que a Cintia (amiga da minha filha que viajou conosco) conhecia e que já haviam feito caçadas. Um comentário no Trip Advisor, elogiando o cuidado deles com uma pessoa que tinha uma perna mecânica, ganhou muitos pontos na minha avaliação. Confirmo integralmente este cuidado. Eles, mesmo sendo do tipo caçadores de aurora, têm uma cabana de apoio com fogueira e coberta, onde foi servido o lanche. 

O Guide Gunnar, o melhor cotado em todos os lugares, já não tinha lugar para as nossas datas.

Em Abisko, usamos a LightsOver Lapand. Fizemos a caçada a aurora puxadas por snowmobile e cobertas com pele de rena. É muito bom pois a aurora é vista por cima de um lago congelado. Tivemos sorte de ver uma das mais belas auroras neste dia, porém o frio incomodou bastante.


Foto de Cintia Cruz
O jantar e a subida na Aurora SkyStation foram reservados no próprio site da estação. Este passeio especial foi a extravagancia da viagem, porém valeu muito a pena. Como em Abisko as temperaturas eram bem mais baixas que em Tromso foi muito bom ter um ponto de apoio aquecido, pois podíamos sair para fotografar a aurora e voltar para o quentinho. Além da subida e descida de teleférico na escuridão total e o maior número de estrelas por metro quadrado que vimos na vida.

Todas as empresas citadas forneceram roupas térmicas que usamos em cima das nossas três camadas habituais e botas impermeáveis. Também fornecem dicas e ajudam na regulagem da máquina fotográfica para poder captar a aurora. Nem pense em deixar a câmera no automático ou em não utilizar um tripé. 


PASSEIOS DIURNOS:

Este foi um ponto em que fomos com muita sede ao pote e ficou bem cansativo, principalmente para mim. As mais jovens tiraram de letra...
Como as caçadas à aurora avançam madrugada adentro (em uma das noites retornamos as 3h30 da manhã) era difícil levantar cedo no dia seguinte para estar pronta entre 9 e 10 horas para os passeios diurnos.

Em Tromso, utilizamos a ArticExplorer tanto para o esqui nórdico nos alpes Lyngen como para o passeio de barco pelos fiordes. Foram ótimos.



Em Abisko, utilizamos a Lightsover Lapland para o snowmobile no parque nacional.  



Havíamos reservado também com eles o passeio de snow shoe, mas tivemos um contratempo: Estávamos no restaurante do local do encontro, nos distraímos com o papo e eles simplesmente não nos chamaram. Perdemos o passeio... 




Para não perder a tarde, as meninas decidiram alugar o equipamento, pegar mapas no Escritório de Turismo da STF e ir sozinhas mesmo. Descobrimos que é super tranquilo fazer isto por conta própria. Tanto que no dia seguinte, antes de pegar a estrada para Tromso, fizemos outra trilha pelo lago de Abisko congelado. 

 

OS HOTÉIS:


Bem localizado, com ótimo café da manhã (só não podia chegar em um horário muito próximo ao encerramento porque a comida que acabava não era mais reposta), recepção atenciosa, bons quartos, com preços razoáveis para os padrões escandinavos. Uma ótima dica do AndarilhosMundo.

Apartamentos com 3 quartos, compartilhando sala, cozinha e banheiro. A recepção não fica aberta durante todo o dia, mas há um telefone para chamar os donos quando necessário. O ponto negativo é o banheiro compartilhado, mas tivemos sorte de só por um dia ter uma moça em outro quarto. No mesmo complexo tem um restaurante com loja de conveniência e também um supermercado, onde fizemos algumas refeições e compramos nosso café da manhã, saboreado na sala do apartamento com vista maravilhosa do Lago Abisko.



Abisko é uma cidadezinha com apenas 150 habitantes fixos e mais três hotéis que tem preços altíssimos e esgotam rapidamente na temporada de aurora boreal.

OS RESTAURANTES:

Em Abisko:

Aurora Pub & Restaurant, a 150 m do nosso hotel, tinha lanches e pratos de comidas regionais, como por exemplo hamburger de carne de rena.

Restaurante do STF AbiskoMountain Station, muito bom, com produtos orgânicos e um excelente pão sueco. Além da vista linda do Parque Nacional de Abisko, onde está localizado.


Aurora Sky Station, onde optamos pelo jantar especial de quatro pratos tradicionais enquanto esperávamos a Aurora Boreal aparecer. 










Em Tromso:

Burger King, nossa refeição mais barata da viagem, mas cara se comparada com o do Brasil.

Kafé Globus, pertinho do nosso hotel, para sopas e lanches rápidos.



Steakers, onde apesar do nome comemos uma caçarola de frutos do mar com legumes muito boa e com uma vista maravilhosa. 









Emma´s Drommekjokken, lindo, aconchegante, com um bacalhau da Noruega delicioso e trilha sonora de MPB das antigas.












Como brinde de despedida, na saída do Emmas´s, ainda ao som de Corcovado (uma das minhas músicas brasileiras preferidas), nossa última aurora dançou linda, intensa, por uns poucos minutos bem em cima da torre da igreja, em pleno centro de Tromso. Ficamos ali, abraçadas, cantando “Quero a vida sempre assim...” O povo olhava pras doidas cantando, para onde estávamos olhando e paravam também para ver o espetáculo.



Última dica: olhar sempre para o céu. Ela, a Aurora Boreal aparece onde a gente menos espera e esta última nem precisou ser caçada. 

Agradeço aqui aos blogs que me ajudaram nas decisões e planejamento:

Viaje na Viagem, do meu guru Riq Freire, sempre meu ponto de partida. Reúne a comunidade de viajantes independentes mais antenada que existe e, que com seus comentários me fizeram ver que era perfeitamente possível programar uma viagem autônoma para lá. 
Andarilhos Mundo, dos queridos Gleber e Sandro, que tive a oportunidade de conhecer pessoalmente no Tchêncontro-2015. Os posts deles tem tudo que se precisa saber sobre ver a aurora boreal na região de Tromso...
Viagem com Gêmeos, me fez colocar Abisko no roteiro, além de dicas sobre como se vestir para enfrentar o frio Ártico.
Aprendiz de Viajante, onde a Heloisa Righetto tem um post ótimo e também uma coletânea de experiências de blogueiros em ver a aurora em outras regiões do mundo.
Dondeando por ai, da Clarissa Donda, que na resposta de um comentário em um post sobre o navio Hurtigruten, que navega regularmente na costa da Noruega, me fez decidir que Março era a melhor época para ir. 
Aurora Boreal, do Caçador de Auroras Marco Brotto, tem fotos profissionais  de babar e reúne um monte informação técnica.
Service Aurora, em inglês, além das previsões, que acompanhei por meses seguidos, tem tudo o mais que se precisa saber sobre o fenômeno.

A quase totalidade das fotos deste post são da minha fotógrafa predileta, minha filha Nati.



Para finalizar, mais dois agradecimentos super especias:

À Cintia, que completou o trio de caçadoras com sua simpatia, bom humor invejável e cuidado comigo. Foi uma companheira de viagem maravilhosa.

E não menos importante, à minha filha Gabi, pela revisão deste texto. Eu estava enferrujada após mais de 3 anos de ausência por aqui.